Nesta manhã de sexta-feira no IFAL(Instituto Federal de Alagoas, núcleo de Satuba) aconteceu o 1º SEMINÁRIO MUNICIPAL DE PRÁTICAS DE MEDIAÇÃO DE LEITURA E FORMAÇÃO DE LEITORES, promovido pela Secretaria de Educação do Município de Satuba. Esse evento está dentro do Planejamento Estratégico do PROJETO ESCOLARTE, abraçado pelo prefeito Paulo Acioly e pela Jane, secretária de educação, que foi apresentado ao município, aos professores e alunos das escolas públicas da rede municipal de educação de Satuba e outros interessados neste seminário, cujo teor deste projeto é a formação de leitores e mediadores de leitura de autoria da professora satubense Edsalba Gabriel Peixoto Silva, ganhadora de vários prêmios(1º lugar) nacionais de educação. Além da apresentação do Projeto Escolarte, o seminário pode contar com a palestra do professor e escritor Edson Gabriel Garcia, autor de mais de sessenta livros de literatura infantil e juvenil, cujo tema desenvolvido por ele foi: "A promoção da leitura literária na escola". A Igreja Católica, através da pessoa de padre Sérgio e outros se fizeram presentes, bem como representantes da Biblioteca Comunitária Universo Literário e os da Agenda 21. Eis alguns pontos da fala do assessor Edson Gabriel Garcia:
CÓDIGO DE COMPROMISSO: a escola e a formação do leitor
a) A leitura e a escrita são competências fundamentais de todas as áreas do currículo;
b) A leitura é compromisso de todas as disciplinas(e não apenas do componente curricular Língua Portuguesa). Desenvolver o gosto e o prazer pela leitura e ensinar estratégias de leitura são assuntos de todas as áreas do saber;
c) Toda a escola deve se envolver na criação de um "ambiente leitor";
d) O livro é um dos suportes do texto escrito. Apenas um, mas o mais especial;
e) A literatura é a matéria de lastro humanístico mais denso, com conexão em todas as áreas;
f) Espaços organizados para a degustação e aprendizagem da leitura são equipamentos necessários e vitais à saúde da escola;
g) Não se ensina o que não se sabe. Não há prazer em ensinar o que não se gosta. Não se gosta do que não se conhece. Portanto, o educador não tem o direito de não gostar de ler, de não ensinar leitura;
h) É dupla a missão do educador: formar-se leitor e formar leitores;
i) O diálogo do leitor é com o texto. O texto é a porosidade que pede preenchimentos. Um texto é uma metáfora da vida;
j) A dupla missão do educador: formar leitores e formar-se leitor;
k) A leitura deve ser vista como formação continuada, pois no mundo em que vivemos hoje da provisoriedade, fragmentação do saber, conhecimento, é preciso entender a leitura como formação continuada e nela irão aparecer muitos "buracos" (novidades para o leitor) que serve de termômetro para o leitor de como ele está lendo, adquirindo conhecimentos, e por outro lado instiga o leitor a tampar esse buraco pela busca, pelo estímulo em aprender a novidade;
"Ninguém se educa sozinho, educação é um ato de comunhão(coletivo)" Paulo Freire
